
Depois de perder os laterais Fábio e Rafael para o Manchester United (ING) e o atacante Maurício Alves para o Villarreal (ESP), o Fluminense pode ver outro jovem de Xerém partir sem nem sequer vestir a camisa da equipe profissional. O também atacante Rafael, de 16 anos, voltou nesta sexta-feira da Inglaterra após um período de testes em equipes como Manchester City e Chelsea. Ele esteve acompanhado do gerente das categorias de base, Bruno Costa, e pode render cerca de 3 milhões de euros (cerca de R$ 7,9 milhões) aos cofres tricolores.
A questão vem sendo tratada em sigilo pela diretoria do Flu por conta da pressão dos conselheiros, que não aceitam a possibilidade de perder outra promessa. E nem mesmo uma possível compensação financeira amenizará a situação. Basta lembrar que enquanto o Tricolor sofre com a falta de laterais em 2009, os gêmeos do Manchester já integram o elenco profissional do clube inglês. Apesar de tudo, o vice de futebol, Tote Menezes, foi bem direto ao analisar o objetivo tricolor.
- Não adianta a promessa vingar nos profissionais sem ser conhecida pelos outros clubes. Ele está sendo apresentado ao futebol europeu. Um jogador de 16 anos já está formado e vamos continuar fazendo esse tipo de trabalho - disse o dirigente.
Rafael de Souza Rodolfo, também conhecido como Pernão, integra a equipe juvenil do Fluminense. Considerado uma das próximas joias de Xerém, o atacante tem contrato com o Tricolor até abril de 2012 e foi um dos destaques no bicampeonato na Manchester United Premier Cup, competição sub-15 conquistada pelo Flu no ano passado. Camisa 9, Rafael formava o ataque com Wellington Silva, que já treinou entre os profissionais. Nesse torneio, a dupla chamou a atenção dos ingleses. Enquanto Wellington partiu para um período de testes no Arsenal em dezembro passado, Pernão embarcou para a Inglaterra no início de julho.
Para o técnico Renato Gaúcho, uma transferência precoce para a Europa precisa ser muito bem pensada. E ele deixa claro que pensaria duas vezes antes de sair do Brasil com apenas 16 anos:
- É uma questão a ser definida junto à família, ao clube e ao empresário. Eu pensaria duas vezes. Às vezes, o jogador não consegue se adaptar. É outro país, outro idioma e as dificuldades são maiores ainda.
Fonte: Lancenet
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