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08/04 - Arsenal 1 x 0 Manchester City – Esta partida foi o ápice
para os pessimistas, ou mesmo para todos, afinal, a seis rodadas do final da
competição, tínhamos uma desvantagem recorde de 8 pontos para o United, e com
uma sequência mais difícil que os rivais, não iria acontecer, pelo menos para
nós o sentimento era apenas decepção, pelo jeito o grande derby seria uma mera
entrega de faixas...
Os gunners vinham em uma grande
ascendente, conseguindo uma vaga na Champions que muitos consideravam improvável,
com Van Persie fazendo uma temporada fantástica. Confiantes, partiram logo para
cima, nos deixando recuados em nosso campo, e para piorar, Yaya teve que sair
logo aos 17 minutos, depois de uma entrada de Song.
O City só conseguiu ter melhores
momentos no final do primeiro tempo, sem grandes chances, com destaque para
Balotelli, e o placar manteve-se inalterado. No segundo tempo, tínhamos a
ciência que a vitória era necessária, mas Mancini preferiu a cautela, e Wenger
também, tornando o jogo fraco. Van Persie, sempre ele, era o principal vetor de
ataque dos adversários, aos 75 minutos cabeceou na trave, com a zaga evitando o
gol em seguida. Logo depois, Sagna chutou cruzando e acertou novamente o poste,
a bola sobrou para Benayoun, foi a terceira bola na trave, e o gol do Arsenal
parecia perto.
E aos 86, Pizarro perdeu a bola
para Arteta, que avançou e marcou o único gol da partida, o trágico dia ainda
culminou em mais uma expulsão de Balotelli, após receber o segundo cartão
amarelo. Pelo jeito, nos restava apenas terminar a temporada dignamente,
parecia...
11/04 – Manchester City 4 x 0 West Bromwich – Se passar a temporada
em branco parecia quase uma certeza, não é por isso que tínhamos que desistir
de fazer a nossa parte, e a goleada no jogo seguinte serviu para dar uma
sacudida na equipe, o bom futebol reapareceu e nos animou novamente, mais ainda
quando na mesma rodada o United perdeu para o Wigan, o significou a diminuição
da diferença para 5 pontos.
Logo aos 5 minutos, Aguero chutou
de fora da área e abriu o placar, e manteve-se assim até o intervalo. Como
praxe, no segundo tempo a porteira escancarou, logo no inicio Silva e Nasri
trocaram passes, e a bola sobrou para Kun marcar o segundo, seu também. Aos 61,
Tevez marcou o primeiro gol pós volta, para fazer de vez as pazes com a
torcida, Aguero cruzou para trás e a bola sobrou para Carlitos mandar para as
redes. Para finalizar, nosso maestro, que também voltou a jogar bem, David
Silva, fechou o placar aos 64 minutos.
14/04 – Norwich 1 x 6 Manchester City – O City começou uma reação
espetacular, e com todas as letras! Da mesma forma misteriosa que o futebol
sumiu, ele voltou, e aplicamos uma goleada estrondosa, com show argentino, em
um jogo que tinha tudo para ser difícil contra o surpreendente Norwich City.
O placar começou a ser construído
aos 18, Carlitos, que já havia sofrido um pênalti não marcado por Chris Foy,
recebeu de Silva, e, de fora da área, mandou onde a coruja dorme, um golaço! Já
era um bom presságio do que viria, 9 minutos depois, gol com selo argentina de
qualidade, passe de Tevez para Aguero chutar forte e fazer 2 x 0, mais um
bonito gol. Após isto, o jogo esfriou, seguindo assim até o intervalo.
Na volta para o segundo tempo, os
Canaries tentaram mudar o panorama, e foram pra cima, conseguindo êxito aos 51,
com Surman. E o time amarelo se animou, ganhando espaço e passando a dar
sustos, com isso a partida teve seus momentos de sufoco, mas aos 73, Yaya, que tinha
começado do banco, chutou, Ruddy defendeu e soltou, e Tevez foi oportunista no
rebote: 1 x 3. Um minuto depois, Aguero não deixou barato e também fez seu
segundo, chutando de longe. A briga entre os compatriotas continuou, era um
verdadeiro dia “porteño”, aos 80, Tevez correu com a bola, passou por Ruddy e
marcou o quinto, hat-trick do camisa 32. Aos 90, Kun ainda quis botar lenha na
fogueira, mas a bola bateu na trave. E ainda tinha tempo para mais um, e desta
vez não foi argentino, para variar um pouco, Adam Johnson finalizou aos 92 e
fechou a goleada.
22/04 – Manchester City 2 x 0 Wolverhampton – A 35ª rodada foi mais
que positiva, não só pela nova vitória, desta vez contra o Wolves, mas
também porque o Everton arrancou um espetacular empate por 4 x 4, em Old
Trafford, o que nos possibilitou ficar a apenas três pontos do diabos, com um
saldo melhor e um derby por jogar na rodada seguinte.
Contra um adversário tranquilo,
lanterna da competição, nem precisamos nos esforçar muito para o resultado
positivo. Controlamos o jogo desde o inicio, ganhando espaço e tendo chances
com Tevez, Nasri e Aguero. Aos 27, o genro de Maradona abriu o placar, após
passe de Clichy.
O Wolves até tentou esboçar algum
perigo, mas o City continuava sendo mais efetivo com ataques rápidos, e aos
73, Tevez passou para Nasri, que chutou cruzado para dar números finais a
partida. E o time chegava ao derby com chances reais de ascender a liderança.
30/04 – Manchester City 1 x 0 Manchester United – A uma segunda
feira foi reservado o “derby do século”, como assim foi chamado, um clássico
que há muito não tinha tamanha importância, uma verdadeira final, com muita
expectativa e pressão o cercando. Se o City vencesse, tomaria o primeiro lugar
no saldo de gols, e só dependeria de si mesmo. A vitória dos visitantes os
faria abrir seis pontos de vantagem, faltando duas rodadas, o que praticamente
os deixaria de mãos dadas com a taça.
E assim chegamos ao grande dia,
sir Alex Ferguson mostrou que vergonhosamente vinha com o regulamento embaixo
do braço, e colocou seu time para se segurar, praticar anti-jogo, como uma equipe pequena e desde o primeiro
minuto. O City dominava a posse de bola, mas não conseguia vencer o bloqueio
vermelho e ter chances efetivas, deixando o jogo morno, os melhores momentos
foram de Nasri e Aguero, com chutes para fora e trocas de passe.
Mas a glória estava reservada
para os acréscimos, ainda da primeira etapa, glória de um time e de um jogador,
em especial. Kompany, aquele que foi expulso bisonhamente contra o mesmo time
em janeiro, cabeceou escanteio cobrado por Silva e nos deu a vitória mais
importante de todas.
No segundo tempo,
inevitavelmente, o United teve que sair, mas não conseguiu ter um único chute a
gol sequer durante os 90 minutos, sendo punido pelo medo, e ofuscado por uma
partida espetacular de nossa linha defensiva. E ainda tivemos boas chances com
Yaya e Aguero, mas o final apontou para 1 x 0, um único gol de diferença que
valeram tanto, ou mais, que aquele 1 x 6. Quando ninguém acreditava, um time
azul e seu técnico acreditaram em si mesmos, e com humildade vieram os frutos.
Aconteceu...
*O City teve três indicações para
o melhor jogador da temporada inglesa: Aguero, Hart e David Silva, concorrendo
com Scott Parker, Robin van Persie e Wayne Rooney. Kun também foi indicado para
o prêmio de melhor jogador jovem, entrando na disputa com Gareth Bale, Alex
Oxlade-Chamberlain, Daniel Sturridge, Kyle Walker e Danny Welbeck. Os
escolhidos foram Van Persie e Walker, respectivamente.
*O papel do derby da 36ª rodada,
já aguardado com ansiedade desde o primeiro minuto de 2011/12, mudou
radicalmente ao longo da temporada. Se pela primeira metade seria uma mera
entrega de faixas aos Blues, graças a sua avassaladora campanha, quando
perdemos para o Arsenal e ficamos a oito pontos, a situação se inverteu, e o
que temíamos era ter que sermos meros expectadores dos mais uma vez campeões
ingleses. Mas os deuses do futebol conspiraram a favor, e o grande jogo acabou
se confirmando.
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