Estamos em segundo na Premier League, não é nada catastrófico pois a temporada é longa, mas algo vem contribuindo para isso e principalmente algo vem incomodando não só a mim mas a todos os torcedores do City: as atuações de Yaya Toure.
Hoje é surpresa o dia em que ele joga bem, a partida contra o Sunderland foi um exemplo do Yaya da temporada 2012-13. O jogador está lento, prende demais a bola, falta de dinamismo, nenhum propósito para seu jogo. Para alguém com sua habilidade se espera mais.
Esses dias conversando com alguns torcedores do City eu vi esse artigo do David Mooney, que praticamente tem a mesma opinião que a minha, então resolvi colocar aqui, mudei alguns dados do texto original pois ele foi escrito no dia 13 de dezembro.
Posso estar prestes a dizer algo que é considerado blasfêmia entre os torcedores do Manchester City, mas é algo que tem me incomodado por uma grande parte da atual temporada. Isso poderia ser semelhante a ir numa festa e anunciar que você acabou de mijar no ponche, mas mesmo assim vou falar.
Agora, isso poderia nos gerar algum problema pelo número de meio-campistas que temos no elenco no momento, por isso tenho que falar isso hipoteticamente, por enquanto. Tenho assistido os blues, e cheguei a conclusão de que, se eu estivesse no lugar do Roberto Mancini eu ia pensar seriamente em colocar o Yaya Toure no banco.
O meio-campista destrutivo, que rompeu ataques e entrou facilmente nas defesas adversárias como uma faca quente corta uma manteiga na última temporada, esteve ausente até o momento. Com a possível excessão da viagem para o Santiago Bernabeu e o jogo contra o Newcastle, as performances do Yaya Toure na temporada 2012-13 foram apenas medianas.
Tirando sua arrancada contra o Real Madrid onde deixou o Edin Dzeko pronto para fazer o gol, o seu passe milimétrico para Nasri com o Newcastle, e também seu gol, eu estou lutando para pensar em outra ocasião em que ele tenha sido o diferencial para a equipe.
No entanto, ele era uma arma extremamente potente quando conseguimos tirar os 8 pontos de desvantagem em abril passado.
Então o que aconteceu? Se formos analisar, pouco mudou. Ele ainda está começando alguns jogos como um médio-defensivo, cuja principal função é impedir os ataques adversários, mas ele ainda tem liçensa para atacar quando se há cobertura. Há circunstâncias atenuantes, quando se trata do impacto que Javi Garcia teve - o que na melhor das hipóteses, pode ser como descrito como o mínimo - o que significa que o jogador não pode usar sua força letal no ataque.
Mas o lado defensivo de seu jogo tornou-se, por falta de palavra melhor, preguiçoso. O número de vezes que ele deixou seu o adversário passar por ele, não correr para cobrir seu lado da defesa e proteger os defensores, ou simplesmente não voltar para a defesa depois de um ataque está se tornando cada vez maior.
Eu estive observando como no lado esquerdo do meio-campo, Gareth Barry tem se matado para oferecer Nastasic/Lescott/Clichy proteção quando eles estão sofrendo pressão da equipe adversária.
No entanto, do outro lado do campo, eu testemunhei Kompany/Zabaleta/Maicon ficarem desprotegidos, e com Yaya geralmente apontando para homem que ele deveria justamente estar marcando para ajudar. Parece haver pouca urgência com ele, o que está deixando o City exposto. É frustante para assistir, porque é claro que ele pode fazer o seu lado defensivo em alto nível, mas ele parece desinteressado este ano, seja através de cansaço, lesão ou apatia, quem sabe.
De qualquer maneira, ele não parece estar envolvido no que está acontecendo em campo. É quase como que ele não deseja fazer os trabalhos defensivos, e está escolhendo quais os aspectos dos jogos que deseja fazer. Naturalmente, eu não acredito que isso seja o caso, ou que me leva a pensar que ele é, ao contrário, esforçado para fazê-lo.
Agora vem o grande problema, ele tem feito muito pouco para influenciar o resultado de um jogo. Ele se tornou alguém que está na equipe porque pode fazer algo brilhante durante a partida, mas assim como um voo lotado, há muito pouco espaço para passageiros em uma equipe que pretende estar no topo da Premier no final de maio.
Nós sabemos que daqui uns dia ele vai para a Copa das Nações Africanas e vai perder várias partidas pelo City, então vamos começar a dizer o quanto ele faz falta para a equipe. Mas não há nenhuma razão em ter um jogador em campo que vem contribuindo tão pouco para a equipe, por qualquer motivo.
Javi Garcia ainda não se adaptou ao futebol inglês. Jack Rodwell não teve muitas chances, "graças a sua lesão". James Milner ficou muito tempo fora por causa de lesões. Ficou claro que nossas opções são poucas no momento, mas eu preferia dar uma chance para o Rodwell se ele estivesse disponível, ou até o Garcia, do que começar com Yaya no momento.
Embora seja verdade que nós sentimos muito a falta do Yaya quando ele esteve em Janeiro passado com a Costa do Marfim, mas podemos argumentar que atualmente sentimos sua falta, mesmo ele estando na equipe. É como se ele se tornasse complacente com sua posição na equipe titular, porque ele e Roberto Mancini sabem que no seu dia o Yaya é único, nenhum meio-campista do mundo chega perto do seu estilo de jogo, no momento ele está a descansar e não mostrando toda a sua habilidade.
Nós queremos o verdadeiro Yaya Toure de volta.
Talvez a maneira de isso acontecer é fazer que ele perceba que não é intocável na equipe titular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário