Estamos chegando as últimas lendas do Manchester City, hoje o personagem é um goleador dos anos 20, que conseguiu médias impressionantes em uma época de vacas magras do City que antecedeu a glóriosa década de 30, da qual já falamos muito através de outras lendas. O protagonista a ser lembrado é Tommy Johnson.
Nascido em Dalton-in-Furness, Lancashire, Johnson se tornou um aprendiz no estaleiro local. Ele jogou futebol para o Dalton Athlétic e o Dalton Casuals até 1919, quando assinou um contrato profissional com o Manchester City após uma recomendação do zagueiro Eli Fletcher, inclusive Fletcher ameaçou deixar o clube se Johnson não assinasse.
Estreou em 22 de fevereiro de 1919 contra o Blackburn Rovers, já marcando um hat-trick quinze dias depois contra o Port Vale. A Liga Inglesa voltou em agosto de 1919, mas Johnson só fez sua estréia contra o Middlesbrough em 18 de fevereiro de 1920, marcando os dois gols na vitória por 2-0. Ele jogou mais nove partidas no restante da temporada, marcando um gol.
Em 1920-21 Johnson ainda não conquistou a titularidade efetiva, fazendo doze jogos e cinco gols pela equipe principal, sendo mais efetivo na equipe de reservas, em que fez 18 gols.
Ele alcançou a regularidade em 1922-23, jogando 35 partidas, periodo em que o City mudou de estádio, saindo de Hyde Road para Maine Road, que viria a ser sua casa pelos 80 anos seguintes. Johnson marcou na primeira partida do novo estádio, contra o Sheffield United, mas ainda não era o maior goleador entre os atacantes da equipe, tendo menos destaque que Frank Roberts e Horace Barnes.
Na temporada 1925-26 Johnson alcançou a marca de 20 gols pela primeira vez, apesar de jogar em um time que capengava pelas posições inferiores da tabela. Apesar da temporada dificil, o City teve momentos notáveis como o 6-1 contra o United no derby de Manchester, nesta partida o atacante contribuiu com um gol. Nesta mesma temporada Johnson chegou perto de conquistar o titulo da FA Cup pelo City, jogando em todas as partidas ele fez um hat-trick contra o Clapton Orient nas quartas, e a equipe chegou à final. Mas aparição de Tommy e de todo o City em Wembley foi apagada, perdendo para o Bolton por 1-0. Para completar a infeliz temporada, o City perdeu o último jogo da temporada e foi rebaixado à segunda divisão.
Na temporada seguinte, Johnson foi artilheiro do City com 25 gols, enquanto o clube procurava um retorno imediato à primeira divisão. Na última rodada o City lutava pelo acesso com o Portsmouth, tendo a equipe de Manchester goleado o Bradford City na última rodada com mais um hat-trick do goleador, mas o Pompey venceu seu certame por 5-1, o suficiente para conseguir a vaga. Johnson e seus colegas de equipe superaram a decepção da temporada anterior, e, em 1927-1928 venceram a Segunda Divisão para retornar à elite. O atacante marcou 20 gols na temporada, e ganhou a que seria seu único titulo pela equipe.
Na volta à primeira divisão, Johnson mostrou que esta seria uma temporada especial ao marcar cinco gols contra o Everton, na vitória por 6-2. Isso foi só o começo de uma sequência regular de gols e mais gols, contabilizando, ao final da temporada, 38 tentos em 39 partidas, média incrivel e recorde absoluto no clube, que dura até os dias atuais.
Apesar de ir progredindo na carreira e ter alcançado o auge em 1929, no ano seguinte a direção do City achou que Johnson teria passado do auge, e resolveu vendê-lo ao Everton por 6 milhões de libras, sua saída provocou protestos e o público no Maine Road caiu no decorrer dos jogos seguintes. Além de Everton, ele ainda atuou pelo rival Liverpool e encerrou a carreira como jogador-técnico no Darwen FC.
Tommy Johnson fez 328 partidas pelo clube, marcando 158 gols o que o torna o segundo maior artilheiro do City em todos os tempos, atrás apenas de Erick Brook. Ele faleceu em janeiro de 1973, aos 72 anos.
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