Foto: standard.co.uk |
Ágil, forte, habilidoso, bom finalizador e excelente marcador. Essas são apenas algumas das características do volante/meia, e que também já atuou como zagueiro, Gnégnéri Yaya Touré, de 30 anos.
Mas todas essas características - principalmente as ofensivas - que tornaram Yaya um dos melhores (se não o melhor) meio-campistas do mundo não foram vistas por olheiros de categorias de base que visitaram a Costa do Marfim quando Yaya ainda atuava pelo ASEC Mimosas, mas sim a apenas algumas temporadas atrás pelo então treinador do Manchester City, Roberto Mancini.
Yaya destacou-se pelo porte físico avantajado e categoria para passar com a bola e desarmar sem ela. Isso desde os tempos do Mimosas, equipe marfinense, onde o volante iniciou sua carreira e jogou entre 1996 e 2001. Em 2001, com 18 anos, Yaya foi contratado pelo Beveren, da Bélgica, passando Metallurg Donetsk, da Ucrânia, Olympiacos, da Grécia e o francês Monaco. Em 2007 foi vendido ao Barcelona por 10 milhões de euros.
Em todos os clubes que passou, Yaya era utilizado como primeiro volante ou até zagueiro. Teve sua formação assim, jogando na linha de trás do meio-campo, protegendo os laterais e fazendo o papel de primeiro homem da linha defensiva.
No Barcelona, clube que enfrenta amanhã pelas oitavas de final da UEFA Champions League, Touré chegou a atuar como zagueiro em algumas oportunidades, se saindo bem em todos os setores do campo onde atuou. Na decisão da UEFA Champions League de 2009, contra o Manchester United, Touré jogou de zagueiro devido a lesões dos homens do setor naquele momento. Foi bem outra vez.
Apesar das boas atuações em quase todas as posições onde atuou, Touré chegou no Manchester City, em 2010, por 30 milhões de euros com a missão de ser o homem de proteção do meio-campo, o primeiro volante regular e impenetrável. Havia jogado assim em clubes grandes e tinha experiência para dar conta do recado. Porém, o marfinense fez muito mais do que isso graças a Mancini. O treinador italiano, vencedor da Premier League 2011/2012 com o City, começou a testar Yaya como segundo volante, saindo para o jogo, organizando as jogadas ofensivas da equipe.
Yaya Touré, simplesmente, cansou de desmontar defesas, enrolar volantes e derrotar goleiros. Tornou-se um meio campista completo, que pode jogar atrás marcando, na frente armando ou até pelos lados, apesar de não ser sua especialidade. Yaya, assim como Milner, é um dos atletas mais flexíveis do elenco do Manchester City e possui uma regularidade incrível. Raramente vai mal nos jogos.
Amanhã, contra o Barcelona, o camisa 42 poderá provar novamente porque é considerado um dos melhores do mundo tanto com a bola, como sem ela.
Por Kaio Esteves
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