Realmente, os sorteios de UEFA
não estão sendo muito generosos com o City, para muitos, mais um indicio que
existe mesmo o “Typical City”, aquele estigma que todas as coisas para nós tem
de vir do jeito mais difícil, com sofrimentos e vários percalços pelo meio. Já
estou começando a acreditar também nesse fenômeno sobrenatural...
O grupo é quase um retrato
perfeito do anterior, respeitando as devidas proporções e peculiaridades. Temos
um super campeão, tradicionalíssimo, fortíssimo, favoritíssimo, entre outros ‘íssimos”,
no caso o Real Madrid (anteriormente o Bayern); Temos um time forte também,
bastante perigoso, mas não favorito, o Borussia Dortmund (anteriormente o
Napoli); Temos o mais fraquinho, mas que não deve se deixar de ter atenção,
pois não é galinha-morta, o Ajax (anteriormente o Villarreal); Além de termos o
City.
O Real dispensa palavras, vem com
um grupo que não teme nem mais ao Barça, e com a obsessão de José Mourinho em
qualquer clube que passa: ganhar a Champions, ele só se dá por satisfeito
depois disso. Cassillas, Marcelo, Xabi Alonso, Di Maria, Ozil, Benzema, e ele,
Cristiano Ronaldo, entre outros que fazem parte da constelação. São os atuais
campeões espanhóis, e reforçaram ainda mais o elenco mágico, com o croata
Modric.
São os galácticos que deram
certo, que não são apenas um monte de estrelas em campo, mas montaram um time
que mais parece uma máquina, com um grande técnico, vencedor, ambicioso. O
maior campeão de todos os tempos da competição, que tem sede de quebrar o jejum
e fazer frente ao rival doméstico, que dominou os últimos anos como a
excelência, o modelo a ser copiado. Ninguém duvide nada dos garotos de
Mourinho.
O Borussia Dortmund precisa se
provar para todos em competições europeias, não existem dúvidas que montaram
uma grande base, pescando jogadores baratos aqui e ali, que terminaram por
resgatar os anos de ouro do grande clube de espetacular torcida. A defesa é
sólida, Hummels é um monstro, o meio tem Gotze para fazer a diferença, e o
ataque conta com Lewandowski, um matador nato. E todos foram mantidos. O
principal jogador da temporada passada, Kagawa, pode ter ido para o United, mas
a diretoria não perdeu tempo e trouxe um igualmente promissor: Marco Reus.
Nacionalmente não há o que se
discutir, nos últimos dois anos os amarelos destruíram qualquer hegemonia do
Bayern, dominando as competições, mas falando de UCL, em que já tem um título,
falta a consolidação, pois, assim como o City, decepcionaram, e em um grupo de
certa forma tranquilo, em que eram bem cotados até para a primeira posição, mas
caíram como lanternas.
Para encerrar, o Ajax entra como
o azarão, mas com uma vantagem a mais que o Villarreal, na última temporada: a
tradição. Já foram campeões, conhecem bem o caminho das pedras e tentarão
surpreender. Mas, os tempos de ouro passaram, e, se a normalidade ocorrer, será
o fiel da balança que pode determinar classificados e eliminados, de acordo com
tropeços em seus dois confrontos.
Temos a visão otimista disso
tudo, muita gente gosta de pedreira desde o inicio, para já testar a capacidade
da equipe, não tem porque esperar pelo mata-mata, onde um erro significa ficar
de fora. Em um grupo como esse, já saímos espertos, calejados de grandes
confrontos, ainda mais preparados para enfrentar uma fase superior.
Também há o fato de que o peso da
estreia não existe mais, nossos jogadores já viram como é, então não existe
mais este fator. O City que vai pisar no gramado sob o hino da Champions é um
time que já tomou gosto por vencer, atual campeão da principal e mais difícil
liga do mundo, um time respeitado, sem tanta pressão em termos nacionais
dominando, além de estar reforçado, melhorado. Mancini implantou seu estilo, e
os jogadores sabem como fazer.
Em um momento de previsão, não é
demais dizer que já não somos os favoritos a primeira posição do grupo, mas
nada nos impede de bater de frente e fazer. O Borussia deve ser um adversário
duro, assim como o Napoli foi, mas agora é a nossa vez, porque temos um time
capaz. Título não é obrigação, é bom que se diga, temos um projeto, Champions não costumar ser uma competição
que se ganha “de cara”, mas, vamos indo até onde der, e se depender de nossa
capacidade, vamos longe.
Que comece o jogo!
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