Até começar o jogo em Liverpool, Roberto Mancini não havia
vencido o time do Liverpool no Anfield Road. Talvez por isso, o técnico
italiano mandou a campo uma equipe mais ortodoxa, com David Silva no banco.
Mancini desmontou seu habitual 4-4-2 em duas linhas que, com
a bola, se tornava quase um 4-2-2-2, e armou um 3-5-2 que teve a seguinte
formatação: pela direita da zaga, Kolo Touré, na sobra Kompany e, na esquerda, o
versátil Zabaleta. A segunda linha foi formada por Milner, na direita, e
Kolarov, à esquerda, alinhados aos volantes De Jong e Yayá Touré. Nasri na
armação tendo à sua frente Tévez, movimentando-se preferencialmente à esquerda,
e Bolotelli centralizado.
Porém, a “inovação” de Mancini não teve efeito e sucumbiu no
primeiro tempo ao 4-1-4-1 do Liverpool, que encaixou com o meio-campo do City e
anulou a armação. O jovem Allen “pegava” Nasri, Gerrard e Sherlley, substituto
de Lucas, novamente lesionado, batiam com, respectivamente, De Jong e
Yayá.
Liverpool teve mais posse de bola, finalizações e marcou num
escanteio muito bem executado por Gerrard e finalizado por Skrtel.
O City não teve um bom início de segundo tempo, com muitos
erros de passes na saída de bola, principalmente na má atuação de Kolo Touré.
Mancini corrigiu com a saída de Nasri e a entrada de Rodwell, empurrando Yayá
para a armação, que marcou o gol de empate após a jogada de linha de fundo de
Tévez.
Na falta cometida por Rodwell na intermediária, gol de falta
de Suárez. Liverpool dois a um.
Com a desvantagem no placar, Mancini mandou a campo Dzeko e
Silva, tirando Balotelli e Milner, voltando ao 4-4-2. Zabaleta votou para a
direita, Kolarov recuou para a lateral esquerda, Silva alinhou-se aos volantes,
com Yayá centralizado, Dzeko e Tévez na frente, deixando desocupada a esquerda.
José Enrique e Carroll ainda entraram no Liverpool, mas o
protagonista foi, novamente, Skrtel. O zagueiro falhou na tentativa de recuo
para Pepe Reina e deu a bola de graça para Tévez driblar o goleiro espanhol e
empatar novamente o confronto.
Fim de jogo, longe de ser uma grande atuação do City. Mas um
empate contra a camisa do Liverpool, que não deverá ser adversário direto na
disputa do bi-campeonato, foi um bom resultado.
5 comentários:
Bacana, a formação realmente foi essa.. Time começou até bem no 3-5-2 mas depois deu uma caída.. Mas é bom ter outras opções pra mudar a cara do time qndo estiver mal.
Muito bom a análise, Rômulo.
Bem vindo!
Muito obrigado, é um prazer!
O sistema 3-5-2 foi usado durante toda a pre-temporada para ser testado como nova opção da equipe, ele foi usado algumas vezes na temporada passada, City 2x3 United pela FA Cup foi um exemplo.
Nos primeiros 25 minutos nosso esquema funcionou contra o Liverpool, mas depois o Reds conseguiram se ajeitar.
Kolarov e Milner que se beneficiam muito desse esquema não conseguiam ir até a linha de fundo para fazer as jogadas.
Kolo Toure que ganhou a vaga do Lescott por ter mais mobilidade e ser mais rápido que o inglês não estava se sentindo confortável.
Yaya e De Jong erraram muitos passes, e tornavam o jogo lento no meio de campo, Balotelli movimentava-se muito bem sem a bola sempre nas costas da defesa do Liverpool, mas Toure e Nigel não conseguiam suplir o atacante, na única bola que Mario recebeu nas costas da defesa dos Reds o Skrtel foi obrigado a fazer a falta segurando o jogador(para mim lance de cartão amarelo).
Um jogador que nínguem sente falta, e nem recebe muito valor mas que é importante para o City é o Barry.
O ingles é o jogador que faz o trabalho sujo no meio, dá liberdade para que Yaya se aventure no ataque e principalmente melhora o passe da equipe, pois De Jong é apenas um grande roubador de bolas.
Mas grande analise Romulo, parabens.
Gosto bastante do futebol do Barry. Volante marcador e com bom passe e boa saída de bola. Rodwell, apesar da falha no gol do Liverpool, mostrou bom futebol quando entrou.
De Jong deve perder espaço.
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